La Niña: entenda impactos do fenômeno para o Brasil

por | fev 5, 2024 | Agropecuária Destaques, Previsão do tempo, PREVISÃO DO TEMPO, Previsão do tempo Destaque | 0 Comentários

Após uma série de dificuldades com o fenômeno El Niño, outra preocupação surge entre os produtores, o La Niña. A previsão veio dos centros americanos dos Estados Unidos, indicando anomalias de temperatura do oceano Pacifico.

“Essa queda já está sendo notada neste fim de verão e deve ocorrer principalmente durante todo outono”, explica a agrometereologista da Rural Clima, Bruna Peron.

Ainda de acordo com as previsões, o La Niña deve ocorrer entre o inverno e principalmente ao longo do segundo semestre do ano. Nas últimas semanas, a cada atualização as probabilidades vem aumentando e paralelo a isso, outros fatores, como, oceânicos e atmosféricos, vêm reforçando essa transação para o fenômeno.

Segundo as previsões da Rural Clima, ainda não é possível prever a intensidade com que o La Niña deve atuar, no entanto, já é consenso que o fenômeno deve impactar o clima na safra brasileira de 24/25, em especial áreas na região Sul.

Mas o que é o La Niña? 

Umas das principais características da ocorrência é o resfriamento anômalo das águas do Pacífico equatorial, quando as anomalias de temperatura do oceano se encontram patamares negativos, como, -0,5 graus.

“Esse fenômeno ele pode ser de intensidade forte, fraca ou moderada. Vai depender muito de quanto é essa anomalia de temperatura e, quanto mais negativa, mais forte o fenômeno pode ser. Por exemplo, se nós estivermos em uma anomalia de temperatura do oceano em torno de – 1,5 graus, isso já caracteriza um fenômeno de intensidade moderada. Acima disso já é considerado uma La Niña de intensidade forte ou super La Niña”, ressalta Peron.

Como impacta o Brasil?

No Brasil, a La Niña costuma trazer a redução significativa das chuvas, em especial para a região Sul, especificamente no Rio Grande do Sul e em algumas áreas do Mato Grosso do Sul, assim como, em regiões da Argentina e do Paraguai.

Um dos fatores que mais marcam a ocorrência da La Ninã no Brasil, é a seca intensas e episódios de forte calor. “Em contra partida, o La Niña também é responsável por chuvas mais abundantes e frequentes sobre grande parte da metade Norte e Nordeste do Brasil”, enfatiza Bruna.

Já para outras regiões produtora, como, sudeste e Centro-Oeste, especialmente Goiás e Mato Grosso, a La Niña pode beneficiar as chuvas, favorecendo a formação de corredores de umidade na porção mais central do Brasil. “Além disso, quando estamos em período La Niña as temperaturas costumam ser amenas, não é comum ter ondas de calor intensas, mas podem ocorrer, especialmente ali nas áreas do centro-sul da América do Sul, mas isso não representa frio intenso”.

Leia também