Enquanto regiões cafeeiras de Minas Gerais enfrentam os impactos de um veranico severo no início de 2025, o Espírito Santo segue em uma direção oposta. No maior estado produtor de conilon do país, as expectativas para a safra são bastante positivas.
De acordo com Luiz Carlos Bastianello, presidente da Cooabriel, o clima tem favorecido o desenvolvimento das lavouras. “As chuvas aconteceram nos períodos previstos, o pegamento foi excelente e os grãos estão maiores que nos anos anteriores”, relata.
A colheita deve começar oficialmente na segunda quinzena de abril, com os primeiros cafés de clones precoces sendo retirados do campo. Segundo Bastianello, o bom volume de chuvas ao longo do ciclo garantiu um estado vegetativo robusto das plantas, refletindo em uma boa carga produtiva nas lavouras.
Café: mercado segue firme, mas incertezas no clima preocupam
Diferente de Minas Gerais — onde muitos produtores já relatam problemas na granação dos frutos e esperam quedas significativas no rendimento —, no Espírito Santo o cenário é mais animador. “A expectativa para a safra de conilon é bastante positiva, tanto em termos de produtividade quanto de qualidade e tamanho dos grãos”, afirma o presidente da cooperativa.
A performance das áreas irrigadas também contribui para esse otimismo, mas mesmo os cafezais sem irrigação devem apresentar bons resultados devido à regularidade climática.
Com as lavouras em ponto de colheita e boas perspectivas, o Espírito Santo reforça sua importância na cafeicultura nacional, especialmente no fornecimento de conilon de qualidade para o mercado interno e externo.
