Aumento do Greening nas regiões produtoras acende preocupação
A Safra de laranja 2021/22 encerrou com alerta para os pomares das principais regiões produtoras de citros do país. Segundo o Fundo de Defesa da Citricultura as pragas e doenças estão aumentando ano após ano.

“Nessa safra que terminou vimos o crescimento da Leprose, favorecida por frutos disponíveis durante toda safra nos pomares. Porque nessa safra tivemos a presença de múltiplas floradas. Então, tivemos frutos padronizados na árvore, e ainda tivemos frutos colhidos em períodos diferentes”, explicou Vinicius Trombin, Coordenador da Pesquisa e Estimativa de Safra do Fundecitrus.
E além do alerta para a nova doença, o Coordenador também destacou o aumento de áreas contaminadas pelo Greening no cinturão citrícola. A doença que faz com que os frutos caiam mais e fiquem menores no tamanho, hoje está em 22% das árvores das principais regiões produtoras do Brasil.
“O Greening é a doença mais preocupante pelo poder destrutivo que tem. Uma vez as árvores contaminadas ela tem que ser derrubada, porque não temos cura. O que preocupa hoje é a chegada delas nos pomares mais novos, e o produtor precisa estar em alerta”.
Encerramento de Safra
A safra 2021/2022 encerrada no do cinturão cítrola de São Paulo, no Triângulo Mineiro e Sudoeste de Minas Gerais, chamou atenção este ano. A safra encerrou com queda de mais de 30 milhões de caixas. Segundo o fechamento apresentado pelo Fundecitrus, o Brasil fechou a safra com mais de 262 milhões de caixas de 40kg.
As chuvas abaixo da média histórica contribuíram para o aumento da queda prematura dos frutos, reduziu a quantidade e ainda resultou em frutos menores.

Foto: Divulgação/ A Fundecitrus alerta para o aumento de doenças nos pomares
Ainda de acordo com o Fundecitrus, somente 40 milhões da produção deste ano, vai pra consumo de mesa e os demais frutos são para a indústria. As chuvas abaixo da média histórica contribuíram para o aumento da queda prematura dos frutos, reduziu a quantidade e ainda resultou em frutos menores.
“Houve nessa safra uma taxa de queda de frutos, maior do que tínhamos projetado. E os frutos que ainda estavam disponíveis para serem colhidos, estavam com tamanho menor do que tínhamos projetado. Isso aconteceu por conta da seca, foi a maior seca dos últimos 100 anos que tivemos na citricultura e aliado as geadas de alta intensidade que são atípicas no cinturão”, destacou Vinicius Trombin.
Ainda de acordo com o Fundecitrus, somente 40 milhões da produção deste ano, vai pra consumo de mesa e os demais frutos são para a indústria.
