O Brasil é um país com grande dependência internacional na compra de fertilizantes utilizados pela agricultura. O Mercado de insumos continua sendo uma das principais preocupações do produtor rural.

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A crise dos últimos meses, vinculada ao fator da guerra da Rússia contra a Ucrânia, aumentou a incerteza entre os produtores. O produtor rural Ramsés Dutra comenta que há dois anos comprava até quatro sacas de café na troca pela tonelada do adubo. “Houve aumento de acréscimo nos custos de produção, isso proporcional ao preço da saca. Isso tudo alinhado também ao preço do café. Nós acreditamos que o custo de produção nosso, por conta da seca e da geada do ano passado, vai deixar o custo por saca muito caro esse ano”, destacou.

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A produção de insumos no Brasil tornaria os custos mais baixos. Mas são diversos fatores que levam o país a exportar mais de 85% do volume que consumimos, produzindo os outros 15% em território nacional.
Em destaque o uso de fertilizantes com potássio chega a 96%. A engenheira agrônoma, Maísa Romanelo, especialista no mercado de fertilizantes da Safras e Mercado, explica que motivo da baixa produção desses insumos no Brasil se deve à falta de incentivos governamentais para pesquisas e estudos. “Era mais barato pra gente importar esses fertilizantes porque não tínhamos matérias primas, nossos impostos eram muito elevados e isso também favorecia que importássemos ao invés de produzirmos em território nacional”.
Minas Gerais e São Paulo se destacam entre os cinco estados que mais importam fertilizantes. A baixa produção no Brasil faz com que a procura seja maior nos países como a Rússia. Mas diante da guerra contra a Ucrânia os produtores rurais precisam estar sempre atentos as cotações do mercado.
Ainda é cedo para falar sobre a falta de fertilizantes para a safra seguinte, mas principal dica é atenção quanto à possibilidade de precipitação para a compra.
“Diante da crise é preciso fazer cotações, saber como está sua análise de troca, saber a expectativa de produção e o quanto vai usar de fertilizante. O produtor tem que estar por dentro do que está acontecendo para que consiga fazer o melhor negócio”, destaca Maísa.
