O Brasil atingiu recorde na receita gerada com as exportações de café em 2022. A receita cambial do Brasil ficou em U$9,23 bilhões, o que representa um crescimento de 46,9% na comparação com 2021.
E mesmo esse resultado positivo, o Brasil poderia ter ganhos maiores, não fosse os desafios que prejudicaram o volume exportado. Segundo os dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, em volume foram exportadas 39,35 milhões de sacas de 60Kg, o que representa uma queda de 3,1% em comparação com 2021. O Presidente do Cecafé, Marcos Matos, ressalta que o clima aliado a dificuldades na logística foram os principais responsáveis por essa queda no volume exportado.
“O Brasil vem de duas safras baixas, então obviamente o volume fica mais comprometido. Nos chama atenção que mesmo assim, exportamos pouco mais de 39 milhões de sacas que é um número expressivo. Quando o Brasil passa por essa redução e volume, principalmente do arábica, a indústria brasileira demanda mais o nosso Conilon. Por isso nós tivemos uma redução de 60% nas exportações de Conilon, demandada por nossa indústria interna”. Além do volume de Conilon comprometido, os problemas logísticos mais uma vez prejudicaram as exportações brasileiras, como já ocorrido em outros anos. “Tivemos um problema logístico, falta de espaço em navios, containers e cancelamento de booking, isso foi notado em diversos meses. Em agosto e julho, por exemplo, nós tivemos abaixo de três milhões de sacas exportadas, foram momentos em que vimos a logística muito comprometida”.
Café brasileiro pelo mundo
Entre os dez maiores compradores do café brasileiro, os Estados Unidos lidera o ranking. O principal comprador e principal consumidor global teve um crescimento de 2% nas exportações brasileiras e atingiu oito milhões de sacas em 2022. Surpreendeu o mercado brasileiro as exportações da Colombia, o país que é concorrente do Brasil e também produz café, comprou 1,72 milhões de sacas brasileira, o que representa um crescimento de 48%.
