Em setembro, o mercado de suínos e carne suína mostrou uma notável reviravolta após as quedas observadas na segunda metade de agosto. Especificamente, os preços da carne suína foram impulsionados pelo aumento da demanda na primeira metade do mês, relacionada aos pagamentos de salários. Essas valorizações contribuíram para o aumento das médias mensais e também intensificaram a procura por animais no peso ideal para abate pela indústria.
No que diz respeito às exportações, o Brasil viu uma ligeira diminuição em setembro, em comparação com agosto, embora tenha experimentado um notável crescimento anual. Apesar da redução mensal, a demanda internacional pela carne suína brasileira permaneceu aquecida, com a média diária de embarques alcançando a segunda maior marca na série histórica da Secex, que teve início em 1997.
A relação de troca e os insumos também mostraram uma tendência favorável em setembro, com o poder de compra dos suinocultores em São Paulo aumentando em comparação com agosto pelo segundo mês consecutivo. Essa situação favorável foi possível devido aos aumentos nos preços médios do suíno vivo, que superaram o aumento no preço do milho, e à desvalorização da soja.
No contexto das carnes concorrentes, os preços da carne suína e de frango registraram aumentos em setembro, sendo o avanço das cotações da carne de frango mais pronunciado. Em contrapartida, a carne bovina apresentou desvalorização. Nesse cenário, a carne suína ganhou competitividade em relação à carne de frango, mas perdeu terreno em relação à carne bovina no último mês.
