Secretário destaca preocupação com o café e medidas para a pecuária de leite em MG

por | ago 25, 2022

Marcada por novidades tecnológicas, palestras e painéis voltados para a cafeicultura, a Fenec 2022 recebeu a presença do secretário Estadual de Agricultura de Minas Gerais, Thales Fernandes. O secretário destacou o atual momento da cafeicultura mineira, associado as questões climáticas que o estado em enfrentando.

“No ano passado a geada foi um pouco mais severa, esse ano tivemos alguns pontos no estado com geada novamente. E por isso acessamos o Funcafé para os produtores terem o recurso e aplicar novamente. Mas realmente existe essa perspectiva, porém o café segue em um preço firme, o produtor tem resistido. Aliás, o produtor de café é um guerreiro, e a gente sabe que essas adversidades vão passando”.

Ainda de acordo com Fernandes, a dificuldade dos produtores com os fertilizantes também vem sendo observada e algumas políticas públicas vem sendo trabalhadas no sentido de auxiliar o produtor.

Já em relação a preocupação com a safra 2023 de café, onde alguns especialista temem até mesmo pela falta de café no mercado, o secretário reforçou essa preocupação.  “Bom, essa preocupação realmente existe e precisamos planejar. A gente tem visto ai as previsões climáticas, e o La Niña existe a previsão de que ele continue. A perspectiva é que tenhamos um inverno mais rigoroso, com chuvas localizadas e uma seca pior do que tivemos no ano passado pode vir. Por isso estamos trabalhando junto com a Emater, fazendo laudos e acompanhando esses produtores que estão tendo perda de safra, para que possam acessar os fundos e terem uma reparação dessa perda”.

“Precisamos produzir mais”, afirma secretário sobre pecuária leiteira

Minas Gerais é o maior produtor de leite do Brasil, mas nos último meses tem enfrentado dificuldades. Os altos custos de produção do setor e o abandono da atividade por parte de muitos produtores, ocasionaram uma série problemática no setor.

O Secretário Thales Fernandes, comentou as últimas políticas públicas buscadas para auxiliar os produtores. “Nós fizemos um trabalho de um crédito presumido de ICSM no Conseleite, onde 2,5% do crédito presumido de 12%, é incorporado no preço do leite. Essa é uma política pública pouco divulgada, o produtor tem que saber que esse valor sai do crédito presumido e vai pra folha de pagamento dele. No mais, temos visto que isso é geral, com a alta dos combustíveis, adubos e custos de produção. Esse é um problema não só da pecuária leiteira, como na suinocultura e bovinocultura”, ressaltou.

Ele ainda enfatizou a respeito do programa de melhoramento genético – Pró genética, que tem buscado o melhoramento genético em muitas fazendas mineiras. “A gente tem visto que a atividade remunera muito baixo, aqueles que tem produção até determinada escala, e começa a valer a pena somente em escalas maiores. Isso é importante, porque não podemos ficar com a produtividade amarrada em quatro ou cinco litros de leite por vaca. É preciso aumentar a produção, esse é o caminho e isso vamos conseguir o melhoramento genético”.