A colheita da safrinha está na reta final em todo Brasil e os números previstos pela Conab e especialistas do mercado, estão se confirmando.
Apesar dos problemas com clima e pragas e várias regiões, a estimativa de 88 milhões de toneladas parece se tornar realidade.
“Tivemos perda de produtividade, mas como a área plantada foi recorde estamos com projeções de até 88 milhões de toneladas com o fechamento da área da safrinha”, explica o consultor de mercado, Vlamir Brandalizze.
Ainda de acordo com o especialista, o Brasil ainda tem um grande volume de milho para ser comercializado, o balizador de preço, que vai ajudar a formar a cotação do mercado doméstico, é o valor que vai se conseguir na exportação nos portos. “Hoje, está variando de 88 a R$ 93,00. O milho de agosto até começo de setembro, é a cotação do milho que o produtor entrega agora ou pra receber em dezembro, na exportação também. É possível que com o avanço do clima seco nos EUA, e agora aprecendo problemas graves com o clima na China, maior importador de milho, os chineses venham pra exportação. Provavelmente a partir de outubro vamos estar exportando milho pra China, e ai sim, vamos ter uma alavanca puxando cotações um pouco melhores, com possibilidade de até R$ 100,00 nos portos”.
Além desta questão com a China, existe também a demanda externa potencialmente aberta no mercado europeu, já que o clima está dificultando a produção no hemisfério norte e leste da Europa. Além da guerra entre Russia e Ucrância, que também abre possibilidade para o Brasil ganhar mais espaço nas exportações em um ano de safrinha recorde. Na safrinha deste ano, o Brasil cresceu 50% no volume de produção e a estimativa é que em poucos anos o país supere os americanos, atendendo o mercado global.
