A Conab divulgou nessa manhã, a nova estimativa para a safra brasileira de grãos, que deve ficar em 313 milhões de toneladas. Essa é a segunda estimativa feita pela Conab, referente a safra 22/23, que aponta um volume 15,5% maior em comparação com o resultado do último ciclo brasileiro. O número representa 42 milhões de toneladas de grãos a mais.
Segundo a Conab, o grande volume deverá ser impulsionado pelo crescimento da soja brasileira, que deverá ter uma área semeada de 76,8 milhões de hectares. O levantamento também projetou que em todo país, a estimativa é de 43,2 milhões de hectares destinado para a soja. A Conab estima que a produção brasileira do grãos fique e 153,5 milhões de toneladas.
Vale lembrarmos que com um pequeno atraso, o plantio da soja no Brasil já alcançou 57,5% da área prevista. O Presidente da Conab Guilherme Ribeiro, destaca que o acréscimo é explicado pelo avanço de alguns estados em áreas de pastagens. “Áreas de pastagens degradadas, ou ainda, da opção pela oleaginosa em detrimento a outras culturas devido à melhor rentabilidade”.
No que diz respeito ao milho, a Conab estima uma produção total de 126,4 milhões de toneladas. Para a primeira safra, a Companhia prevê uma redução de 3,1% na área a ser cultivada. Essa redução estaria sendo motivada pela alta nos custos de produção e o alto registro de cigarrinha. “Com essa medida, os produtores esperam uma redução da infestação desta praga no próximo cultivo por meio da eliminação da “ponte verde”, que seria a presença de milho durante o verão e, com isso, reduzir a pressão do inseto na segunda safra”, ressalta o diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas da Companhia, Sergio de Zen.
E o trigo aparece nos destaques do boletim Conab, isso porque a expectativa da companhia é de uma safra recorde com uma produção estimada em 9,5 milhões do grão, com valor 23,7% maior que o ciclo anterior.
