Os custos de produção da safra 22/23 já são considerados o maior da história. Segundo a consultoria Cogo, existem perspectivas de margens mais achatadas em relação aos anos anteriores. E ainda falando sobre custos de produção, a suspensão da Rússia, em relação ao gás natural para Europa, tem reflexos severos, já que 40% da demanda do continente europeu, era suprida pelos russos.
O gás natural é utilizado como matéria prima e fonte energia para a fabricação de fertilizantes nitrogenados. A suspensão da matéria-prima que vinha da Rússia, já ocasionou a redução de 70% da capacidade de produção dos insumos agrícolas, por conta do aumento registrado no gás natural.
A retomada da distribuição da Rússia, foi imposta sob a suspensão das sanções econômicas as quais o país foi submetido por países do Ocidente, após invadir a Ucrânia.
Especialistas apostam que a crise ultrapassa o continente europeu e pode significar um alerta para alimentação global, já que com a redução da oferta, os preços dos fertilizantes podem subir ainda mais. Um possível novo aumento, impactaria diretamente no valor e disponibilidade dos alimentos.
Este ano, o Brasil já importou mais de 14 milhões de toneladas de fertilizantes intermediários. A produção nacional foi de 3,2 milhões de toneladas, o que significa menos de 20% da demanda do país, de acordo com os dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos – Anda.