Do uso de biologicos a marketing para novos mercados são temas fundamentais discutidos por pessoas engajadas durante o evento em Honduras
O Let’s Talk Coffee tem um propósito muito bem definido. Colocar pessoas interessantes para falar sobre o café. E muitas conexões vêm acontecendo entre os participantes de vários lugares do mundo. Uma ligação que faz muito sentido para todos os envolvidos. Afinal, é gente interessante com um objetivo bem definido: a busca pelo sucesso em negócios que envolvem “café”.
Por isso, a palavra de ordem é sustentabilidade. É preciso fazer com que todas as partes da cadeia sejam prósperas. Assuntos como certificação de café orgânico, consumo, utilização de produtos biológicos – que inclusive podem melhorar a qualidade dos grãos – e marketing foram debatidos nos painéis.
São temas que todos nós do setor discutimos, mas precisamos aprofundar. Aqui isso acontece. Aliás, o acesso a mercados diferenciados foi outro ponto muito importante apresentado no segundo dia de discussões. Elizabeth Whitlow, da Regenerative Organic Allience (ROA) ressaltou que a demanda por produtos orgânicos no ano passado foi de 8 bilhões de dólares e que a expectativa é dobrar para em 2023. Ela ressalta que consegue entender a preocupação dos produtores em trocar o sistema de produção porque a agricultura é desafiada o tempo todo; clima muda e muda também às condições de manejo de qualquer lugar e depois existe uma preocupação de queda de produção. “Mas eu digo que isso não tem probabilidade.
O que eu vi nos últimos 4 anos é que os produtores que são orgânicos não voltam para o convencional. E isso é muita verdade. Os produtores dizem ‘é incrível e eu fiz minha renda esse ano’”, conclui.
Os produtores que participaram do painel sobre o assunto ressaltaram a necessidade de financiamento para melhorar os sistemas de produção; a oportunidade de mais educação.
Mas um ponto-chave do mercado de café, muito falado no evento, é a originação. Quem compra quer saber de onde vem!
Compradores de café mostraram o comportamento dos consumidores em buscar por produtos que venham de origens que trabalham
cafés sustentáveis.
“Elas” no café também é um algo a ser entendido como potencial para o setor.
Isso mechamou a atenção: a participação das mulheres nos painéis e temas relacionados a lideranças femininas e o potencial das mulheres de transformação na cadeia de cafés especiais.
