O estudo analisou diferentes sistemas produtivos agrícolas presentes na fronteira agrícola mato-grossense, abrangendo os biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal. Foram avaliados um total de 22 estudos de caso, representando os sistemas de produção mais comuns na região.
Os resultados mostraram que as fazendas que adotam modalidades de sistemas de integração, como a Integração Lavoura-Pecuária (ILP) e a Integração Pecuária-Floresta (IPF), obtiveram os melhores desempenhos em termos de sustentabilidade. Esses sistemas de integração combinam atividades agrícolas, pecuárias e florestais, permitindo uma utilização mais eficiente dos recursos naturais e uma maior diversificação da produção.
O modelo de análise utilizado no estudo é baseado na lógica difusa e compreende 18 indicadores que abrangem as dimensões econômica, ambiental e social da sustentabilidade. Esses indicadores foram selecionados com base no conhecimento científico e na percepção de especialistas, levando em consideração a variabilidade de desempenho dos sistemas agrícolas e as interações entre as diferentes dimensões da sustentabilidade.
O modelo gera um índice de sustentabilidade (IS), que é composto por três indicadores parciais, cada um com seis subindicadores. Essa estrutura permite comparar os diferentes sistemas agrícolas e analisar as contribuições de cada indicador para a sustentabilidade como um todo. Os dados utilizados no modelo são coletados a partir dos registros normalmente feitos nas fazendas, o que torna a análise da sustentabilidade mais acessível e prática para os produtores rurais.
Em resumo, o estudo evidenciou que os sistemas de integração, como a Integração Lavoura-Pecuária e a Integração Pecuária-Floresta, apresentaram os melhores desempenhos em termos de sustentabilidade, considerando as dimensões econômica, ambiental e social. O modelo de análise utilizado no estudo oferece uma abordagem abrangente e ajustável a diferentes contextos, permitindo avaliar a sustentabilidade dos sistemas agrícolas de forma mais precisa e compreensiva.
