Grãos: Milho verão e soja no radar dos produtores para o plantio

por | set 15, 2022 | Agenda Agrícola, Agenda agrícola Destaque, Agropecuária Destaques, Clima, Milho, Plantio, Soja | 0 Comentários

O Paraná iniciou o plantio de soja há alguns dias e enquanto a chuva começa a dar sinais em outras regiões, no estado alguns produtores já reclamam de excesso.

“O excesso de chuva tem dificultado um pouco o plantio, mas para os próximos dias o Paraná vai começar um plantio ainda mais acelerado, já que temos indicativos de que vai melhorar a condição climática no estado”, explica o consultor de mercado, Vlamir Brandalizze.

O plantio também está acontecendo no Mato Grosso do Sul, com chuvas dentro da normalidade. Já em São Paulo, há previsão de que o plantio comece nos próximos dias. Na região Norte, o Pará, onde as chuvas começam mais cedo, também deu início ao plantio da soja.

O grande destaque dessa safra, além dos volumes recordes previstos para colheita, é a área de plantio. O Brasil deve saltar de 40,5 milhões de hectares, para 43,5 milhões. “Teremos esse aumento em um ano com custo de produção considerado o maior da história, fertilizantes altos e defensivos escassos”, ressalta Brandalizze.

Nas últimas semanas os fertilizantes registraram pequena queda e chegaram a U$ 800 dólares, e essa pequena acomodação deve ser aproveitada pelo produtor, segundo o consultor. “Estamos com custo acima de 6 mil o hectare, frente a 4 mil por hectare que era no ano passado, existe um custo maior, mas se o produtor conseguir plantar na hora certa, dentro da normalidade, acima de 60 sacas por hectare, certamente ele vai ter lucratividade, porque as cotações globais continuam muito boas e mostrando 2023 com cotações acima de U$ 14 dólares”.

Milho –

A safra de milho verão também já está no radar dos produtores. O Paraná também deu início a esse plantio, que acelerado já está acima dos 60% no estado. O plantio também deve ter início nos próximos dias em Minas Gerais e na Bahia.

O consultor de mercado destaca sobre o milho, as cotações históricas, acima de 300 dólares a tonelada nos portos. “É um valor muito acima de 180 ou 200 dólares o qual o milho era exportado, ele acaba compensando os custos que cresceram. O produtor tem que buscar sempre, a melhor produtividade possível”.

Um dos alertas em relação à safra de milho 2023, é a cigarrinha, praga que atacou a última safra em muitas regiões brasileiras. “Ela precisa ser controlada para não se perder produtividade e futuramente o lucro. O produtor vai ter que controlar melhor a cigarrinha, porque ela veio pra ficar e obriga que se tenham mais eficiência em campo para continuarem com a cultura”.

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