Desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia o setor de fertilizantes vem sendo impactado mundialmente. Mas a expectativa para 2023, aponta que o setor tende a trabalhar com preços menores se comparados ao que foi registrado no início deste ano.
A especialista do setor, e consultora da agência Safras & mercado, Maísa Romanello, destacou durante o Safras Agri Week, nesta semana, que o mercado de fertilizantes vem se reequilibrando.
No início do ano, ainda por conta da guerra, o impacto gerado aumento os preços no mercado, que atingiu patamares recordes no primeiro semestre. A guerra também atrapalhou o fornecimento de gás natural na Europa, devido as sanções impostas à Rússia; essa situação impactou diretamente o preço dos fertilizantes nitrogenados.
No Brasil, a alta dos preços levou ao pior cenário da relação de troca tanto do milho quanto da soja, que levou a necessidade de 701 sacas de milho para obtenção de 1 tonelada de MAP – Fosfato monoamônico-, por exemplo.
A consultora de SAFRAS destaca que, diante das preocupações em torno de uma possível queda no fornecimento com o conflito entre Rússia e Ucrânia, o Brasil adotou uma estratégia de antecipar as importações de fertilizantes no primeiro semestre deste ano. Com isso, a tendência é de que haja um declínio nas aquisições nos próximos meses, o que deve fazer com que o volume adquirido pelo país neste ano seja inferior ao registrado em 2021.
O Plano Nacional de fertilizantes lançados este ano, deve aumentar a produção brasileira, isso levando em consideração as melhorias de infraestrutura que estão sendo realizadas nos portos brasileiros. Mas vale lembrar que isso não tira a dependência do Brasil de outros países para se obter fertilizantes.
