Exportações de milho atingem recorde de 6,17 milhões de toneladas

por | fev 25, 2023 | Agropecuária Destaques, Mercado, Mercado Destaque, Milho, Soja | 0 Comentários

As vendas internacionais de milho em janeiro deste ano atingiram o recorde de 6,17 milhões de toneladas, um volume 126% maior do que o mesmo período do ano passado, quando o país exportou 2,73 milhões do cereal. A maior movimentação alcançada no mês de janeiro até então tinha sido registrada em 2016, quando o país enviou 4,4 milhões de toneladas para o mercado mundial. As análises constam na edição de fevereiro do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado na última sexta-feira (17).

De acordo com o estudo, a firme demanda teve como principal origem os importadores da China, que abriram seus mercados para o cereal brasileiro no final de 2022, sendo destino de aproximadamente 1,16 milhão de toneladas do milho nacional no ano passado, com a maior parte embarcada em dezembro de 2022, representando 18% do total exportado no último mês do exercício passado. Esse desempenho ocorreu também em virtude da boa safra de inverno no país, que ampliou a disponibilidade do cereal para embarque.

Por outro lado, o gráfico de evolução das exportações aponta que os embarques de soja atingiram apenas 840 mil toneladas no início deste ano, contra 2,45 milhões em igual período de 2022, representando uma queda de 66%. Segundo o boletim, isso seria o reflexo do menor ritmo observado na comercialização interna desde a temporada anterior, além das quebras ocorridas nas safras sul-americanas em 2022/2023 e a manutenção da forte demanda internacional, que provocaram redução nos estoques mundiais da oleaginosa e deram suporte para a continuidade de alta nas cotações.

A crescente produção agropecuária e o aumento na geração de excedentes exportáveis pelo Brasil revelam cada vez mais a necessidade de prioridade absoluta para a questão da infraestrutura nacional”, avalia o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth. “É necessário um olhar mais atento para a solução dos desembaraços que reduzam a burocracia e estimulem a diversificação dos investimentos – sejam públicos ou privados – em segmentos como armazéns, rodovias, ferrovias e, especialmente, nos portos, onde os esforços deveriam priorizar o aumento de desempenho daqueles situados no Arco Norte, com uma matriz que avança a cada ano para o centro do país. Isso sem desconsiderar as instalações tradicionais localizados no Sul do país, que também necessitam de ações sistematizadas, relacionadas à administração dos problemas de dragagens no curto prazo e promoção da competitividade entre os produtos, permitindo a redução dos custos logísticos em toda a cadeia que reflita no aumento da competição entre os usuários”.

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