O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP, divulgou o boletim sobre o mercado suíno do mês de agosto. E o destaque vai para as exportações de produtos in natura que atingiram novo recorde. Os embarques brasileiros de carne suína, considerando produtos in natura e processados, atingiram volume de 114,7 mil toneladas, quantidade superior ao que foi embarcado em 2021. O dado também representou um crescimento de 20,8% em comparação com o mês de julho e um crescimento de 27,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
A receita das exportações geradas também foram expressivas e somaram R$1,37 bilhão, o que representa um 26,1% superior ao mesmo período de 2021. Quanto aos destinos da carne nacional, a China segue como o principal parceiro comercial do Brasil, tendo importado 49,2 mil toneladas.
O levantamento apontou vendas aquecidas e valorização do suíno vivo ao longo da primeira quinzena de agosto, que superaram os recuos dos preços observados na segunda metade do mês. Diante disso, em agosto, o valor médio do animal negociado no mercado independente ficou acima do registrado em julho.
Já a relação de troca, teve um novo aumento do poder de compra do produtor. Mesmo com a valorização do milho em agosto, devido a chegada da safrinha, o poder de compra do suinocultor teve sua sexta alta mensal consecutiva, que foi favorecida pelo aumento no preço do suíno vivo.
Frente ao farelo de soja, o poder de compra do produtor também cresceu, visto que o insumo se desvalorizou no último mês.
De um modo geral, os preços médios da carne suína, registrou um aumento significativo em agosto, enquanto tivemos a desvalorização da carne bovina e de frango. Esse movimento resultou na perda de competitividade da proteína suinícola frente às concorrentes.
