A estiagem tem provocado perdas significativas nas lavouras de soja, especialmente no Rio Grande do Sul, comprometendo as previsões iniciais para o ciclo 2024/2025. Embora o mercado de soja estivesse otimista com a expectativa de uma safra cheia, as condições climáticas adversas nas principais regiões produtoras do país levaram a ajustes nas estimativas.
Logo após o início do plantio, em setembro, o clima parecia favorável e os produtores estavam confiantes em uma boa safra. Contudo, estados como Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, além de partes de São Paulo e Goiás, enfrentaram condições climáticas severas, impactando diretamente a produtividade das lavouras nessas regiões.
Matheus Pereira, diretor da Pátria Agronegócios, ressalta que, apesar dos desafios, a situação não é catastrófica. “As expectativas iniciais vêm se ajustando. Embora os problemas sejam graves em algumas localidades, eles não são tão intensos quanto os danos registrados há 3 ou 4 anos. Além disso, os gaúchos já enfrentam cinco anos consecutivos de dificuldades climáticas“, afirma.
Para a safra 2024/2025, a Pátria Agronegócios estima uma produção total de 165,87 milhões de toneladas, o que representa um aumento em relação à safra anterior, de 147,74 milhões de toneladas, mas ainda abaixo das projeções feitas no ano passado.
