O El Niño em 2023 foi um dos principais problemas da agricultura brasileira. O excesso de chuvas em algumas regiões e ausência dela em outras, ocasionou o atraso no plantio da safra de soja e também do milho.
Na cafeicultura, os efeitos prejudiciais vieram pelas poucas chuvas e aumento drástico da temperatura. Para esse início de ano, os modelos de previsão sinalizam o retorno das chuvas em toda região central e norte do Brasil. “A tendência ainda é de muita irregularidade, tudo isso por conta da influência do El Níño ainda forte ao longo do verão”, explica o agrometereologista da Rural Clima, Marco Antonio.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
E as dificuldades enfrentadas tanto pelo Sul, como pelo Cerrado brasileiro, não estão distantes este ano. Mais uma vez o clima pode castigar essas regiões. O El Niño segue ativo e mantendo o clima instável, o que possibilita novas estiagens no Cerrado e excesso de chuvas no Sul. “Fato é que o verão será marcado por chuvas mais frequentes no cerrado e períodos maiores de sol no Sul”, ressalta Antonio.
Quente e frio!
Já em relação a temperatura, as previsões apontam que elas seguem elevadas, no entanto, isso não reduz a frequência de passagens frias, que devem ser maior este ano ao longo do verão em muitas regiões.
Ainda segundo as indicações da Rural Clima, as temperaturas podem ficar amenas em alguns intervalos, porém com entre uma chuva e outra a expectativa é que o clima esquente novamente ao longo da temporada.
“Os modelos preveem chuvas mais generalizadas ao longo dos próximos dias. Assim esses primeiros dias do verão serão marcados pelas chuvas mais regulares em todo país”, finaliza.
