Variedade resistente à seca teria mais produtividade, mas enfrenta resistência da indústria
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) deu sinal verde para o cultivo e comercialização de trigo geneticamente modificado resistente à seca no Brasil. A aprovação foi concedida à variedade HB4, que foi desenvolvida pela empresa argentina Bioceres e representada no Brasil pela empresa de biotecnologia Tropical Melhoramento e Genética (TMG).
O trigo geneticamente modificado mostrou uma melhoria média de produtividade de 43% em relação às variedades convencionais em condições de seca severa. A aprovação ocorre depois que o Brasil se tornou o primeiro país a autorizar a importação de farinha de trigo geneticamente modificado da Argentina em novembro de 2021. Apesar das preocupações de alguns órgãos de defesa do consumidor e representantes de usinas, a CTNBio afirma que o cereal geneticamente modificado não apresenta risco à saúde humana ou ambiental.