O mês de julho começa com boas notícias para os cafeicultores de Minas Gerais. Após um início de inverno com chuvas pontuais e temperaturas mais baixas, a tendência agora é de um período mais seco e estável nas principais regiões produtoras. Essa condição deve favorecer a continuidade da colheita, mas exige cuidados específicos no manejo pós-safra.
Junho termina com frio e chuvas fracas e irregulares
Durante a segunda quinzena de junho, o tempo se manteve predominantemente seco e frio sobre as áreas cafeeiras do estado. A entrada de uma frente fria no fim do mês trouxe pancadas de chuva ao sul mineiro, porém, os volumes registrados foram baixos e mal distribuídos.
Mesmo com a previsão de uma massa de ar frio mais intensa a partir do dia 23, as regiões produtoras de café não foram significativamente atingidas. O frio, embora presente nas manhãs, não se prolonga ao longo do dia, permitindo a recuperação térmica e mantendo as lavouras protegidas de danos maiores.
Geadas não devem preocupar os produtores neste inverno
Até o momento, o risco de geadas nas áreas de café é considerado muito baixo. As massas de ar polar têm se concentrado sobre o Sul do Brasil e sobre porções mais ao sul de São Paulo e Mato Grosso do Sul, sem força suficiente para alcançar as lavouras mineiras com intensidade. Ainda que as manhãs sigam frias, a rápida elevação das temperaturas durante o dia afasta qualquer ameaça imediata para as plantas.
Colheita segue, apesar de maturação irregular
As chuvas no início de junho, associadas às temperaturas amenas, interferiram no ritmo de maturação dos frutos. Em diversas lavouras, foi observado um amadurecimento desuniforme — com grãos verdes, cereja e secos no mesmo ramo. Esse cenário exigiu ajustes no planejamento da colheita e causou pequenas paralisações. Contudo, os episódios de chuva foram curtos, com precipitações ocorrendo em um ou dois dias, o que permitiu o retorno rápido às atividades.

Julho será seco e sem eventos climáticos extremos
Para os próximos dias, a previsão aponta para a continuidade do tempo seco, com ausência de chuvas significativas. A atmosfera se estabiliza e não há, até o momento, indicativos de eventos climáticos bruscos que possam comprometer o andamento dos trabalhos no campo. Essa estabilidade deve ajudar a acelerar os processos de secagem dos frutos e facilitar o uso de maquinário em lavouras mecanizadas.
Manejo pós-colheita exigirá atenção com o solo e olhos na primavera
Embora o inverno continue favorecendo os trabalhos na lavoura, os produtores precisam se preparar para os desafios do pós-colheita. Com a expectativa de meses mais secos, é fundamental garantir a manutenção da umidade do solo, especialmente nas áreas mais expostas ao sol e com menor cobertura vegetal.
No médio prazo, o clima tende a se manter ameno, sem riscos para ondas de calor até o fim da estação. No entanto, com a chegada da primavera, aumentam as chances para eventos severos, como tempestades e até granizo — fenômenos típicos do período e que devem ser monitorados com atenção.
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