O café arábica é a variedade em que o Brasil segue como o maior fornecedor mundial
Aliado aos “medidores das produções” realizadas pelas cooperativas e algumas tradings, o clima tem um grande efeito sobre as projeções da safra de café. O clima ideal para a produção de café é quente, úmido e ensolarado. Uma vez que o café necessita de muita água; e a temperatura e a umidade são cruciais para a qualidade da safra. Depois de dois anos severos com a interferência direta na oscilação climática: temperaturas muito baixas ou muito altas, geadas, secas e chuvas torrenciais, as projeções ficam também irregulares. Assim, para obter uma projeção de safra mais ajustada, precisamos ter igualmente um clima estável e equilibrado; é o que não temos presenciado.
Dentre as principais projeções, a Conab, órgão do governo, projeta 55 milhões de sacas de café somadas as variedades arábica e conilon. Já a StoneX calcula 62,3 milhões de sacas, e a Consultoria Agro do Itaú BBA estimou 65 milhões de sacas. Consideradas as estimativas desses agentes, o ciclo crescerá entre 4% e 8%.
A diferença entre os cálculos de produção em sacas feitas por agentes públicos e privados sobre a produção de café é histórica. No entanto, essa discrepância coloca como prioritária a elaboração de perspectivas entre oferta e demanda global em uma posição mais “delicada” devido ao peso do Brasil no cenário.
