O cenário em muitas fazendas na região Sul do Brasil, trouxe preocupação nos últimos meses. A Estiagem no Rio Grande do Sul e em muitos momentos, o excesso de chuvas no Paraná, desenhou um cenário de incertezas. Se por um lado faltou chuva no Rio Grande do Sul, no Paraná o excesso de chuva trouxe preocupação.
No Rio Grande do Sul, o cenário desenhado pela estiagem, são de lavouras extremamente afetadas. A Emater do estado chegou a apontar que a quebra na produção de soja, no estado, pode chegar a 31%. Esse resultado segundo o órgão, está muito abaixo do que era esperado para a produção total no início do ciclo.
Já no Paraná, o clima nesta temporada, segundo os produtores, é bom, porém o excesso de chuvas gerou preocupação. Porque segundo as influências, a ferrugem asiática e o mofo branco, tiveram incidências maiores por conta das chuvas em excesso.
O agrometereologista Marco Antônio, da Rural Clima, explica a diferença drástica do clima de um estado para o outro, mesmo ambos sendo da mesma região. “Apesar de ser a mesma região geográfica, são estados distintos. A ideia é que a latitude muito mais alta no Rio Grande do Sul, tem mais influência do fenômeno La Niña do que o Paraná. O Sul do Paraguaí, por exemplo, está na mesma linha do Rio Grande do Sul e está passando pelo mesmo problema de seca. Isso, devido a sua posição geográfica, o estado é mais influenciado pela La Niña do que o Paraná. O ano passado por ter sido uma segunda La Niña, isso traz um peso maior para o Rio Grande. Esse ano temos uma La Niña mais branda, influenciando mais a região Sul da América do Sul”.
