Cafeicultor em Machado aposta em frutas vermelhas e amplia renda

por | jul 4, 2023 | Editoria Especial, Editoria Especial Destaque | 0 Comentários

Um produtor no município de Machado encontrou no cultivo de frutas vermelhas uma alternativa para aumentar a renda da família. Sebastião dos Santos, cafeicultor há muitos anos, possui um sítio no bairro Cadóis, onde trabalha em conjunto com a esposa e as filhas.

Atualmente, Minas Gerais é o estado que possui o segundo maior número de famílias que trabalham na agricultura familiar, assim como Sebastião. O cultivo de frutas vermelhas não é muito comum no Sul de Minas, mas há alguns anos, em algumas cidades, tornou-se uma atividade secundária, principalmente para cafeicultores.

Em Machado, no Sul de Minas, através de um incentivo municipal, os produtores rurais começaram a investir no cultivo. Hoje, a cidade conta com mais de 40 produtores que cultivam frutas vermelhas, correspondendo a 20% da produção estadual. Desde então, a atividade tem sido tão bem-sucedida que, para muitos, deixou de ser secundária e passou a ser a atividade principal, como no sítio de Sebastião.
Ele explica que o incentivo à sucessão familiar foi um ponto-chave para o investimento municipal em muitas propriedades. “Muitos jovens saíam do campo em busca de trabalho na cidade e não encontravam. Daí surgiu a ideia das frutas vermelhas. E veja bem, deu certo, aqui minhas filhas se interessaram totalmente pelo cultivo”.

Desafios da produção

E não é porque se mostra mais rentável em relação a outras culturas, como o café, que as frutas não apresentam também muitas dificuldades e desafios. Uma das filhas de Sebastião, Nicole, relata que o grande destaque é a alta produtividade das frutas. “A verdade é que, como você tem uma fruta de alta produtividade, tanto a framboesa quanto a amora, acaba ganhando em volume. E no mirtilo, você consegue ganhar um pouquinho mais”.

O maior desafio para ela concentra-se na mão de obra e na distribuição. “Quando pensamos na distribuição, estamos falando de uma fruta muito delicada, então é preciso atenção redobrada. Mas o desafio maior é a mão de obra, não é um cultivo com o qual as pessoas estejam tão familiarizadas”.

No sítio, além do café, a família cultiva framboesa, mirtilo e amora. Eles fornecem as frutas in natura e atendem ao mercado regional.

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