O Brasil segue líder mundial no setor de soja, tanto na produção quanto exportação do grão. E a projeção é de mais crescimento para a soja brasileira. A estimativa da Conab, é de que na safra 23, seja colhida 150 milhões de toneladas do grão.
Mas apesar da boa expectativa, o que tem preocupado os produtores é possibilidade de atraso, por conta da ocorrência do fenômeno La Niña prevista para o início de setembro. No entanto, o consultor de mercado, Vlamir Brandalizze, especialista em grãos, alerta que o atraso para a soja, não deve causar impacto. Segundo ele, a preocupação gira mesmo em torno do milho safrinha.
“O único problema é que o atraso na soja, atrapalha um pouco o plantio da safrinha de milho. Porque o milho tem um período ideal de ser plantado, até o final de fevereiro, se plantar em março, corre-se o risco de cortar a chuva e ter pouca chuva e termos produtividade menor. Mas em relação a soja, esse atraso não é problema, o problema é se vier uma seca para o meio da temporada, como tivemos esse ano”.
Vale lembrarmos que para o milho safrinha, a Conab projetou uma colheita de 94 milhões de toneladas na safra 23, mais um recorde de produção, assim como na soja.
A soja brasileira deve ter aumento de área no plantio também, um recorde de 43 milhões de hectares. O consultor, ressalta além desse aumento, os grandes números da exportação.
“E provavelmente vamos exportar algo perto de 110 milhões de toneladas, entre soja, farelo e óleo. E a soja vai continuar sendo o principal produto na pauta de exportação do Brasil. Esse ano, o Brasil já teve mais de 45 bilhões de dólares vindo da soja. Vamos fechar esse ano com mais de 50 bilhões de dólares com a soja. Ou seja, é um produto que ajuda muito a economia nacional”, ressaltou.
