O grande volume da safrinha 2022 deve colocar o Brasil em lugar de destaque este ano. Isso porque, o excedente da produção deve ser direcionado a exportação e alguns fatores do mercado internacional colocam o produtor brasileiro em vantagem. O especialista em grãos, Vlamir Brandallize destaca que a sara menos dos Estados Unidos, a situação delicada enfrentada pela Ucrânia.
“A safra americana será menor, e ainda temo o problema da Ucrânia com a Rússia na guerra. A Ucrânia é uma grande exportadora de milho, esse ano terá menos milho para exportar a área do milho na Ucrânia esse ano é 25% menor que nos anos anteriores, então esse ambiente lá fora, é um ambiente bom para o produtor que está colhendo agora no Brasil”.
E outro fator importante também lembrado pelo especialista é a possibilidade da China começar a comprar o milho brasileiro, algo que não ocorria em anos anteriores.
“A China sempre deu preferência pra comprar milho dos Estados Unidos, através de acordos comerciais com os americanos e sempre comprou muito milho lá na Ucrânia. Como a Ucrânia vai ter problema de abastecimento e oferta, e os chineses seguem comprando cada vez mais, com uma demanda muito forte, porque eles consomem mais do que produzem, vamos ter a China também comprando milho brasileiro”.
E apesar de ainda estarmos no período de colheita, ele alerta que com as boas expectativas, o produtor começa a refletir e deve se posicionar futuramente apenas. “O mercado nesse momento gira nos portos brasileiros, entre R$ 95, o milho para entrega de julho até a patamares de R$100 a saca com pagamento em dezembro. Ou seja, as cotações são atrativas, o mercado é de exportação esse ano e, quem vai formar a cotação interna no milho é o valor da exportação, em função de que vamos produzir mais do dobro do milho que vamos precisar nesse segundo semestre para a demanda doméstica. É um ano bom pro milho, para o produtor, e um ano bom para o pessoal da área de consumo”.
