A crise na suinocultura em 2022 não deve ter alivio nem mesmo no último trimestre do ano. Isso porque o índice de alta nos custos de produção durante o mês setembro, levantou nova preocupação no setor. Em setembro, os custos de nutrição da suinocultura subiram 2,69%.
No acumulado anual, principal dado que chama atenção e preocupa, a alta já chega a 9,60% este ano.
O analista da Safras e Mercado, Fernando Iglesias, aponta que o índice mantém a suinocultura em crise e em uma situação muito delicada. O setor que está em crise este ano, segue com margens negativas desde o início do ano e vai mantendo esse padrão ao longo do segundo semestre.
“O setor não consegue sair do vermelho, não consegue conviver com uma rentabilidade média positiva. O que temos observado é perda de margem, nesse momento cada animal que vai saindo das granjas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, vai saindo com prejuízo de 150 reais por cabeça. Uma margem bastante deteriorada, negativa e isso exige que o suinocultor tome providencias em para recuperar sua margem”.
Além do cenário que preocupa neste ano, o ano de 2023 também aparenta ser motivo de preocupação para a suinocultura brasileira. “Teremos um ano desafiador no primeiro semestre em relação a estrutura de custos e comportamento dos preços. O que podemos afirmar é que teremos mais um período em que o setor vai continuar operando com margens bastante desgastadas”, completa Fernando.
