Suinocultura: Novos mercados, alternativa para o setor

por | ago 17, 2022

A suinocultura brasileira vive há alguns anos uma grande crise. Os aumentos do custo de produção da carne suína somam-se a outros fatores que tem contribuído para anos com uma rentabilidade média abaixo do ideal no setor.

O segundo semestre deve ser positivo pra suinocultura brasileira em decorrência do aumento da demanda. O especialista de mercado, Fernando Iglesias explica que mesmo com fatores positivos e esse bom momento, o ideal seria que novos mercados fossem abertos para a carne brasileira. A diversificação desse mercado seria o cenário ideal para tal feito.

“O Brasil está conseguindo avançar em vendas para mercados importantes, como Cingapura, Filipina, Vietnã, e isso vai reduzindo aquela dependência que temos em relação ao mercado Chinês. A China segue como grande importador de carne suína brasileira, isso não vai mudar tão cedo, mas buscar novos mercados é o segredo pra reduzir essa dependência”.

A busca de novos mercados, segundo o especialista, se consolida cada vez mais como uma grande alternativa para a locação da proteína, permitindo ao Brasil o alcance de novos negócios.

Consumo interno –

E o último trimestre do ano é o período em que mais se consome carne suína no Brasil, em função do período de festividade.  Este ano, além do impulso das festas de final de ano, valores, como, auxílio Brasil, auxílio motoristas deverão colaborar para um efeito positivo sobre a demanda. O fato de este ser um ano eleitoral, também muda o ponto de vista sobre o consumo de carne de vermelha, além da realização da Copa do Mundo, que também instiga mais o consumo.

Nos últimos meses, os custos da nutrição animal, nas principais regiões produtoras, como, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, tem preocupado. Além disso, essas regiões também tem sofrido com o preço do frete.

“Até temos oferta de milho em termos de nutrição animal, em patamar mais acessível no Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e até em Minas Gerais temos bastante volume de milho sendo ofertados a preços mais baixos. Mas de qualquer maneira, quando colocamos o custo do frete para chegar no Rio Grande do Sul ou Santa Catarina, esse milho chega a R$ 90 a saca, então ele ainda pressiona muito as margens da atividade, principalmente do suinocultor independente”.