A safra de laranja 2024/2025 foi encerrada com um volume de 230 milhões de caixas de 40,8 kg, representando uma redução de 0,6% em relação à estimativa inicial divulgada em maio do ano passado, que previa 232 milhões de caixas. Em comparação à safra anterior, que atingiu 307 milhões de caixas, a queda foi expressiva: 25%.
De acordo com Guilherme Rodriguez, engenheiro agrônomo e supervisor de projetos da Fundecitrus, o principal fator que contribuiu para essa baixa produção foram as condições climáticas adversas. “Tivemos temperaturas 3 a 4 °C acima da média histórica, o que reduziu a fixação dos frutos nas plantas. Além disso, a seca comprometeu o tamanho e o desenvolvimento das laranjas”, explica.
Apesar das perdas, a taxa de queda de frutos foi a menor dos últimos cinco anos, o que Rodriguez atribui à menor quantidade de frutas e à aceleração do processo de maturação provocado pelo calor. “Com uma safra menor e a maturação acelerada, o ritmo da colheita foi antecipado”, completa.
Ainda assim, cerca de 50 milhões de caixas foram perdidas por fatores fitossanitários e outros problemas. Entre eles, o greening — uma das principais doenças que afetam os citros — foi responsável por 9% do total de perdas, o equivalente a aproximadamente 25 milhões de caixas.
A atual safra foi a segunda menor dos últimos 37 anos, evidenciando a necessidade de estratégias de adaptação e mitigação para os próximos ciclos produtivos. A Fundecitrus anunciará a estimativa da próxima safra (2025/2026) no dia 9 de maio, às 10h. “Fica aqui o convite a todos para acompanhar a divulgação”, finaliza Guilherme Rodriguez.
