Após uma longa discussão em torno do tema e muitos protestos Europa à fora, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia não se concretizou. No Rio de Janeiro, muitos consideraram o texto base construído ainda em 2019, injusto e desigual, já que o acordo teria dispositivos que desfavorecem os sul-americanos. Esse pensamento foi defendido na mesa de debates do Movimento de Soberania Popular na Mineração MAM, que aliado aos protestos na Europa, resultou no encerramento das negociações atuais.
Protestos e impactos no Brasil
Na semana passada, uma série de protestos feito por milhares de agricultores impactou nas negociações entre o continente europeu e o Mercosul. Os produtores tinham muitas linhas de reivindicação, como uma legislação ambiental mais rígida, a redução do uso de defensivos agrícolas e também o cumprimento de uma recuperação florestal, até 4% dentro de todas as propriedades rurais.
Para muitos produtores, as novas legislações estariam inviabilizando a cadeia produtiva em muitos países europeus. Um dos pontos mais criticados pelos agricultores, era justamente o acordo com o Mercosul. Essa relação comercial foi um ponto de grande insatisfação entre eles, porque significaria um volume maior de itens brasileiros sendo exportados para a Europa.
Atualmente o mercado europeu já é o segundo maior cliente do Brasil na pauta de exportação, e mesmo com as exigências mais apertadas a cada dia, o agricultor brasileiro segue conseguindo responder a tudo isso de forma positiva. Tanto que vale destacarmos que hoje os nossos produtores cumprem 20% de recuperação florestal dentro das propriedades.