A Fazenda do Lobo, localizada em Três Corações, Minas Gerais, é um exemplo de inovação no campo, com a implementação de uma agrofloresta em meio ao seu cafezal, um modelo diferenciado na região.
A agrofloresta integra o cultivo de café com a presença de árvores nativas e eucaliptos, criando um ecossistema mais equilibrado e sustentável. Esse sistema diversificado beneficia o solo e as plantas ao redor, contribuindo para a preservação da biodiversidade e tornando a produção mais resiliente às variações climáticas.
Dentro desse sistema agroflorestal, as podas regulares das árvores geram matéria orgânica, que é direcionada para as ruas de café. Esse processo enriquece o solo com nutrientes essenciais e ajuda a manter a umidade, especialmente durante períodos de seca, garantindo uma produção de café equilibrada e de alta qualidade.
Os resultados desse modelo são evidentes nos cafés premiados da fazenda, que se destacam, principalmente, nas categorias ambientais.
Marcos Foresti, responsável pela fazenda, explica o conceito por trás dessa prática: “Consorciamos o cedro, eucalipto, bananeira e o café. Isso gera a simbiose, onde uma planta ajuda a outra. A gente vai podando, e a matéria orgânica vai para o café, servindo de fertilizante.”
Além da agrofloresta, a Fazenda do Lobo adota outras práticas regenerativas, como o cultivo de braquiária e variedades resistentes, que auxiliam no controle de pragas e doenças, além de se adaptarem à estiagem. Essas práticas favorecem a descompactação do solo, mantêm a umidade e funcionam como adubação verde, reduzindo a necessidade de insumos externos e melhorando a saúde do solo.
