Todas as regiões cafeeiras do Brasil sofreram com os impactos do fenômeno El Niño entre os meses de outubro e dezembro do ano passado. Na região Norte do Espírito Santo, a produção do café Conilon, já estima uma perda de até 20%, em decorrência dos impactos climáticos.
A região assim como outras, foi impactada pelo aumento da temperatura e pela forte estiagem. “O produtor já vinha enfrentando dificuldades com a safra 23, quando haviam perdido muitos chumbinhos e lavouras em que estimavam 100 sacas, colheram 80. E agora, os desafios climáticos mais uma vez surgem causando preocupação”, explica o técnico Syngenta, Rogério Colombi Junior.
Os volumes de chuva na região ficaram muito abaixo da média comum e apesar de muitas lavouras possuírem sistema de irrigação, não escaparam dos impactos. “Tivemos perda de frutos menores, que queimaram e estavam expostos e queda de chumbinho”, ressalta Rogério.
Outro fato que tem chamado atenção na r
egião é a perda de frutos verdes, que queimaram e as plantas seguem abortando, além dos frutos no pé, apresentarem casca mais grossa e perda de peso.
Cooperativas e especialistas da região estimam uma perda de até 20% na safra. “Essa seria uma safra ótima, mas com essa perda, além do ataque severo da Colchonilha, a perda é certeza”.
Relatos de produtores dão conta de que a colheita também deve ser adiantada na região, e pode começar em meados de abril. “Quando a gente pega o extremo norte do Espírito Santo, como município de São Mateus e Montanha, são regiões que sofreram mais. Agora tem normalizado e os produtores voltaram a dar atenção aos tratos culturais”.
Na média nacional a saca de 60 kg do café Conilon segue em R$ 740,00, no entanto, a maioria dos produtores está segurando nos armazéns, já que o cenário aponta para uma possível alta, devido às dificuldades climáticas.
