A colheita de milho safrinha no Brasil está avançada e atingiu mais de 65%, um número significativamente maior do que o registrado no ano anterior, quando estava em menos de 50%. Segundo o analista de mercado Vlamir Brandalizze, o estado mais avançado é Mato Grosso, com 75% da safrinha colhida.
No entanto, a expectativa é que a safra deste ano seja menor que a do ano passado. A previsão é de uma colheita de 85 milhões de toneladas, ao contrário dos 106 milhões de toneladas colhidos no ano passado. De acordo com Brandalizze, a principal razão para essa queda é a seca, que afetou mais da metade das lavouras, além da redução da área plantada.
“Tivemos uma queda de mais de um milhão de hectares de área. A área ficou com pouco mais de 15 milhões de hectares, enquanto eram quase 17 milhões na safra passada”, explicou Brandalizze.
O avanço da colheita também tem refletido na queda dos preços, intensificada na primeira semana de julho. Segundo o Cepea, essa pressão vem do aumento da oferta do cereal no mercado spot, impulsionado pelo bom andamento da colheita de segunda safra, e das desvalorizações externas.
Mas, o analista de mercado Vlamir afirma que essa queda é normal para o período de colheita. Ele prevê que os preços devem se recuperar a partir de setembro, após a finalização da colheita, com o mercado retomando os valores. “Melhores cotações devem ocorrer mais perto do final do ano. No final do ano, virado do ano, o mercado deve recuperar pelo menos uns 15 a 20% de valor no milho”, concluiu o analista.
