Café solúvel terá metodologia pioneira para avaliação de qualidade

por | out 27, 2022 | Café, Editoria Especial, Editoria Especial Destaque | 0 Comentários

Protocolo inovador vai ser lançado na Semana Internacional do Café (SIC) em novembro, em Belo Horizonte

O consumo de café solúvel cresce a taxas superiores a 2% ao ano no mundo, acima dos percentuais de crescimento apresentados pelo produto torrado e moído. O Brasil, como o maior produtor e exportador mundial de café verde, também lidera a produção e o embarque do solúvel. A atividade gera receitas de mais de R$ 1 bilhão no mercado doméstico.

E dada tamanha importância, a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) desenvolveu uma metodologia inédita para a avaliação da qualidade do produto, que utiliza avaliações sensoriais e categorias de classificação de qualidade. Esta metodologia vai ser apresentada em nível mundial na Semana Internacional do Café (SIC), que será realizada em novembro, em Belo Horizonte (MG).

O desenvolvimento dessa metodologia, que teve início em 2019, contou com a participação do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) e com uma equipe de mais de 15 profissionais das empresas de café solúvel, além de consultores do Brasil e do exterior, sob a coordenação da cafeóloga, especialista em avaliação sensorial e consultora da Abics, Eliana Relvas.

Para Aguinaldo Lima, diretor de Relações Institucionais da entidade, esta metodologia inovadora e pioneira avalia a qualidade por seus atributos e intensidade e não por pontuações e notas. Desta forma, permitirá que o consumidor selecione os cafés solúveis de acordo com sua preferência, incluindo diferentes métodos de consumo. “Isso possibilita identificar quais cafés são mais indicados para determinado momento e uso, como com adição de leite, em cappuccinos, drinks, na culinária ou puro”, explica.

Como funciona a metodologia pioneira?

Diferentemente da metodologia de avaliação do café torrado e moído, baseada em pontuações por notas, a metodologia do solúvel apresenta uma avaliação de intensidade de atributos, em uma escala de classificação das características sensoriais, que vai de zero a cinco, e uma classificação principal em três categorias: convencional, diferenciado ou de excelência. “Assim, a metodologia categoriza o solúvel e realça os seus atributos, o que é mais perceptível pelo consumidor em comparação com o sistema de notas”, afirma Aguinaldo Lima.

Um curso sobre a avaliação do produto também deverá ser administrado a todas as indústrias e cadeias que trabalham com o café solúvel no Brasil. A ideia é formar profissionais para “nivelar” tanto o conhecimento dos clientes nacionais quanto dos internacionais.

Este processo de avaliação, com a metodologia pioneira, também deverá incluir, futuramente, um selo voluntário indicando a qualidade do produto.

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