Altas temperaturas podem desacelerar o plantio da soja 24

por | set 26, 2023 | Agenda Agrícola, Agropecuária Destaques, Plantio, Soja | 0 Comentários

O plantio da soja já começou nas principais regiões produtoras do país. Mas, assim como nas demais culturas, a grande preocupação gira em torno das altas temperaturas e das chuvas irregulares, que podem desacelerar o plantio, até então adiantado em muitas regiões. No Mato Grosso do Sul, por exemplo, segundo a Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), em torno de 0,5% dos 4,2 milhões de hectares previstos haviam sido plantados, o que equivale a cerca de 21 mil hectares. Em nota, a Aprosoja destacou que os extremos climáticos que estão sendo observados devem interferir na operação inicial da safra de soja 23/24. “Contudo, um possível atraso só poderá ser mensurado nas próximas semanas”, diz a nota da Aprosoja.

O analista da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira, ressalta que o mês de outubro deve marcar a dispersão do plantio em escala nacional. “Infelizmente, as previsões não são agradáveis para as regiões produtoras de milho e soja do Brasil. Regiões como São Paulo, MT, GO, TO, Oeste da Bahia e Minas Gerais são áreas que devem sofrer muito com chuvas mal distribuídas e totais pluviométricos bem abaixo da média”, ressalta. A situação deve dificultar a aceleração do plantio, que até então estava adiantado em muitos estados. A falta de reposição hídrica nas próximas semanas é o fator que deve ser responsável por essa desaceleração.

O estado de Minas Gerais, em especial, sob influência do fenômeno El Niño, tem chuvas projetadas em baixa intensidade. “Enquanto no Rio Grande do Sul, por características antagônicas, devemos ter mais chuvas na presença do El Niño, mas isso é normal, trata-se de uma característica do fenômeno”, explica Matheus. O Rio Grande do Sul, há um mês, já tem recebido chuvas intensas, situação que dificulta a entrada do plantio no estado. Nesse contexto, Matheus ressalta a principal preocupação. “Os excessos são contornáveis, agora a falta de chuva é a principal dor de cabeça que vem pelo centro-norte do Brasil”.

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