As regiões produtoras de café arábica no Brasil, especialmente o Sul de Minas Gerais, entram na fase final da colheita, que deve ser concluída ainda neste mês. O clima mais seco das últimas semanas tem favorecido a conclusão dos trabalhos em campo, mas os resultados não têm sido animadores para os produtores.
Segundo levantamento do Cepea, o rendimento está abaixo do esperado: para formar uma saca de 60 quilos de café beneficiado, está sendo necessário um número maior de grãos que o habitual. Em municípios mineiros e em parte do interior paulista, há relatos de necessidade de até 12 saquinhos para completar uma saca, quando a média histórica varia de 7 a 8 saquinhos.
Pesquisadores apontam que essa queda no desempenho é reflexo do desgaste das lavouras após o outono e inverno de 2024, marcados por chuvas escassas e temperaturas elevadas. A menor pluviosidade registrada entre meados de fevereiro e março deste ano agravou a situação, comprometendo o desenvolvimento dos grãos.
Com esse cenário, agentes do setor não descartam que as estimativas oficiais de produção sejam revisadas para baixo nos próximos meses.
 
			  
 
									 
									 
									