A primeira quinzena de fevereiro segue com temperaturas elevadas e chuvas irregulares em diversas regiões do Brasil, conforme apontado pela agrometeorologista da Rural Clima, Ludmila Camparotto. O fenômeno é mais acentuado no Sul do país, estendendo-se à Argentina e ao Paraguai, onde as temperaturas estão bem acima da média para o período.
Camparotto destaca que essa condição deve persistir ao longo do mês, com picos de calor em períodos de estiagem. “Em fevereiro, ainda poderemos ter anomalias de temperaturas mais altas, principalmente no Sul e na faixa central e Sudeste do Brasil”, explica a especialista.
Para a região Sul, a previsão indica o retorno das chuvas mais significativas a partir da metade da próxima semana, com maior regularidade entre quarta e quinta-feira. Até lá, o clima segue quente e seco, especialmente no centro-sul do Rio Grande do Sul, onde os termômetros podem facilmente ultrapassar os 40°C. Áreas como o norte gaúcho, Santa Catarina, oeste do Paraná e sul do Mato Grosso do Sul também enfrentarão altas temperaturas.
Nas regiões cafeeiras, a expectativa é de chuvas irregulares nos próximos dias, o que deve contribuir para o aumento das temperaturas. Apesar disso, Camparotto ressalta que não há indicativos de extremos que possam comprometer a produção. “Teremos temperaturas mais altas no Paraná e no Sudeste como um todo, mas sem extremos preocupantes para os cafeicultores”, afirma.
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A especialista ainda explica que a irregularidade das chuvas pode beneficiar os trabalhos no campo, permitindo a realização de tratos culturais. Na próxima semana, uma nova frente fria avança pelo Sul do Brasil, trazendo mais instabilidade para essa região e provocando pancadas de chuva no Sudeste e Centro-Oeste. No entanto, segundo Camparotto, o cenário não indica períodos prolongados de precipitação intensa, mas sim chuvas espaçadas e de forma irregular.
Diante desse panorama, produtores devem estar atentos às condições climáticas e aproveitar as janelas de tempo seco para otimizar suas atividades no campo, especialmente em áreas que dependem de uma boa distribuição de chuvas para o desenvolvimento das lavouras.
