Nesta semana, o Governo Federal deve apresentar um plano estratégico voltado para melhorar a logística de escoamento da safra agrícola, com foco em rodovias, ferrovias e portos. O objetivo é reduzir custos operacionais e o tempo de transporte, fatores que impactam diretamente os preços dos alimentos — uma preocupação crescente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A iniciativa contará com a colaboração dos Ministérios da Agricultura, Transportes e Portos e Aeroportos, além de órgãos como o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
O plano propõe uma articulação entre a ANTT e as concessionárias para otimizar a gestão de estradas e ferrovias, enquanto o Dnit ficará responsável pelo monitoramento das rodovias federais sob gestão pública. Dentre as ações previstas, estão o controle de filas e a redução dos danos nas estradas. Atualmente, mais de 95% da malha rodoviária federal já conta com contratos de manutenção, e o governo também está investindo em 60 obras estruturantes em corredores logísticos estratégicos, como a passagem urbana de Gurupi (TO), que já contribuiu para a melhoria no escoamento da safra.
A proposta também inclui a criação de um sistema de agendamento para otimizar o fluxo de caminhões e cargas nos terminais portuários, evitando congestionamentos. O monitoramento será feito desde as rodovias até o embarque nos navios. Além disso, haverá a identificação de gargalos na infraestrutura portuária para direcionar investimentos que visem a redução do tempo de espera para o carregamento de navios, o que impacta diretamente nos custos logísticos e, consequentemente, no preço final dos produtos.
A alta nos preços de alimentos como açúcar, café, carne, laranja e óleo de soja tem gerado preocupação no governo. O presidente Lula tem cobrado de seus ministros ações concretas para reduzir os custos desses produtos e evitar que o aumento impacte negativamente a economia e o bolso dos brasileiros.
