O avanço para o plantio da soja no Brasil, está dependendo do clima. No centro-oeste muitos produtores aguardam a confirmação de chuvas mais generalizadas. Na região em especial, muitas lavouras podem passar por replantio, situação que pode elevar os custos para o plantio da segunda safra de milho e algodão, pós soja.
A região tem sofrido bastante com as altas temperaturas e as incertezas climáticas. Vale lembrarmos que na última temporada essa região foi responsável por metade da produção nacional de soja. Os produtores estudam a possibilidade de replantio, caso as chuvas previstas para a região não venham conforme esperado.
O analista da consultoria AgRural explica que milhares de hectares podem ser replantados nesse cenário, derrubando a janela para a safrinha de milho. “Estamos falando do replantio de milhares de hectares”, Fernando Moura. 
O levantamento da consultoria apontou que até a semana passada o plantio da soja havia atingido 30,2%, volume menor que mostra o atraso em comparação com o mesmo período do ano passado, quando o Brasil já havia semeado 34,4%.
E as previsões segundo a Rural Clima, é que chuvas fiquem mais generalizadas nos próximos dias, ainda que de modo irregular. As altas temperaturas também tem preocupado os produtores. Muitas regiões, como no Sul do Mato Grosso, têm registrado temperaturas acima dos 40ºC. A AgRural mantém a estimativa de uma safra recorde que deve atingir 164 milhões de toneladas em uma área estimada em mais de 45 milhões de hectares.
O clima também têm sido motivo de preocupação para a soja nos Estados Unidos, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos – USDA, 52% das lavouras estão em boas condições, no entanto as chuvas previstas para a próxima semana, chega tarde demais para as lavouras de soja que ainda se encontram em reta final da fase de enchimento de grãos em parte de Illinois, Indiana e nas Dakotas. Ainda de acordo com o USDA 30% das lavouras de soja dos EUA estão sem situação regular e outros 18% em situação ruim.
