O cenário do mercado da soja permanece marcado por uma relativa estabilidade, e uma atmosfera de incerteza. Além disso, as estimativas para a safra de soja sofreram uma redução significativa. De acordo com os dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a queda foi na ordem de 6 milhões de toneladas em comparação com o último relatório. No entanto, essa redução já era esperada.
Segundo Ênio Fernandes, analista e consultor de mercado, o atual cenário reflete uma realidade onde algumas empresas estão diminuindo sua produtividade e, consequentemente, a produção. “Todos iniciam a safra esperando uma boa produtividade, considerando as médias dos últimos anos com um incremento de 3% ao ano, o qual geralmente ocorre de forma biológica com os materiais genéticos”, explicou Ênio.
Atualmente, são mais de 45% da safra colhida, mas Enio explica que em algumas regiões, os cortes foram excessivos, enquanto outras estão se ajustando à safra. O estado mais adiantado é o Mato Grosso do Sul, com 80% da colheita concluída, seguido pelo Paraná, com mais de 60% já colhido.
“A safra está progredindo bem, é uma safra cadenciada, pois o plantio iniciou-se em setembro e se estendeu até o final de janeiro em algumas regiões. Foi um plantio muito prolongado, o que reduziu significativamente a pressão dos fretes.Além disso, o clima está favorável, com chuvas adequadas, porém sem excessos na maioria do Brasil. Esta safra representa um padrão semelhante aos anos anteriores em termos de colheita'”, observou.
Sobre os valores da soja, eles oscilam em torno de patamares específicos em diferentes regiões do Brasil. No entanto, é crucial continuar monitorando o mercado nos Estados Unidos, pois tem impactado e pressionado as cotações em Chicago. ‘A oferta na América Latina aumentou, o que se reflete em uma maior pressão nas cotações, e é por isso que os números cederam'”, explicou o analista.
