Segundo semestre deve trazer recuperação de margem para a suinocultura

por | jul 5, 2022

O segundo semestre deve ser positivo para a suinocultura. Uma série de fatores deverão colaborar para um momento melhor do setor que deverá permitir até mesmo a recuperação de margem.  O consultor de mercado Fernando Iglesias, especialista da área destaca que o mês de junho já foi positivo para o suinocultor, com ajustes no preço do animal vivo. “Para o segundo semestre temos uma expectativa de recuperação da margem da atividade. Em alguns estados ela não vai operar no azul, vai seguir no vermelho. Mas de qualquer maneira teremos uma recuperação nesse sentido”.

E entre os fatores que vão colaborar para essa recuperação, está o aumento da demanda doméstica, que atinge seu auge no último trimestre e é o período mais aguardado pela indústria em termos de consumo de carne suína no Brasil.

Outro fator que também vem para somar nesse cenário é o preço internacional do suíno, que segue avançando. “Podemos evidenciar avanços das exportações ainda mais no período em que o real deve operar um pouquinho mais desvalorizado e com isso vai melhorar a planta de exportação do produto brasileiro”.

E o segundo semestre permite esse cenário melhor, também por conta da estrutura de custos menos inflacionada em comparação com o primeiro semestre deste ano. Um dos fatores que explica essa mudança, a colheita da safrinha de milho, que deve entrar nos próximos dias e se intensificar ao longo do mês. “Os consumidores não terão tanta dificuldade na composição de seus estoques para compor a posição e possivelmente vão trabalhar com preços mais baixos em relação a nutrição animal. Seguirão com preços altos, no ponto de vista histórico, mas serão menores em comparação com o primeiro semestre, ou seja, será um ambiente mais agradável para a suinocultura brasileira”.

Vale destacarmos que desde o início do ano, a suinocultura vive um momento de crise. Fernando destaca que a situação deixa o pequeno produtor para trás. “Mesmo com boas expectativas por questões de eficiência de mercado, apenas empresas mais robustas financeiramente terão capacidade de superar esse momento que o setor vive”.