Segunda quinzena de janeiro deve trazer bons volumes de chuvas para regiões cafeeiras

por | jan 14, 2025

Boas perspectivas para as áreas cafeeiras do Brasil, na segunda quinzena de janeiro. As regiões produtoras de café possuem possibilidade de chuvas regulares, embora com algumas variações.

A agromerreologista da Rural Clima, Ludmila Camparotto, explica que a previsão é de bons volumes até na região do Paraná. “Devemos ter chuvas um pouco mais irregulares, principalmente nessa segunda quinzena de janeiro”. Segundo Ludmila, estados como São Paulo, Minas Gerais, Rondônia, Espírito Santo e o sul da Bahia também deverão receber volumes significativos de chuva.

“Essas chuvas, durante essa semana, poderão até ser volumosas, atrapalhando um pouco inclusive os manejos e tráfegos culturais”, alertou.

Nas regiões centrais e no Matopiba, a previsão é de chuvas intensas e frequentes principalmente ao longo das duas primeiras semanas de janeiro. “A partir do dia 20, os corredores de umidade devem voltar um pouco para a região mais centro-sul do Brasil, mas ainda teremos chuvas bastante frequentes ali na região”, explicou Ludmila.

Em relação às temperaturas, a agrometeorologista apontou que elas deverão se manter relativamente amenas no primeiro trimestre. “Teremos temperaturas relativamente um pouquinho mais elevadas em períodos sem chuvas, mas em média deverão ficar abaixo do histórico da região”.

De acordo com Ludmila, isso ocorre devido à presença do fenômeno La Niña, confirmado recentemente pela NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA). “O Pacífico mais frio já cria essa tendência de temperaturas mais baixas, o que é bom para as lavouras”, acrescentou.

Porém, Ludmila fez um alerta importante para os produtores, já que a combinação de umidade elevada e temperaturas amenas pode aumentar o risco de doenças nas plantações. “Tem que tomar muito cuidado com o tratamento fitossanitário”, ressaltou, enfatizando a necessidade de atenção redobrada com a saúde das lavouras.

Essas condições climáticas desenham um cenário desafiador, mas com boas perspectivas para o desenvolvimento das culturas cafeeiras no Brasil. A capacidade de adaptação e o manejo eficiente serão fundamentais para os produtores lidarem com os impactos do clima neste início de ano.