A safra de limão Tahiti de 2025 deve ser mais curta e apresentar volumes reduzidos, conforme apontam especialistas consultados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Embora tenha sido observado um aumento na produção no estado de São Paulo em janeiro, uma queda significativa é esperada para o próximo mês.
Pesquisadores do Cepea alertam que, em 2024, o clima desfavorável, com baixa quantidade de chuvas e altas temperaturas, foi o principal fator que comprometeu o volume da fruta, especialmente no pico da colheita. A previsão é que os efeitos desse cenário continuem a impactar a produção no início de 2025.
Além das condições climáticas adversas, a falta de investimentos em práticas de manejo e cuidados culturais durante 2024 também contribuiu para a redução da oferta. Nos últimos anos, os preços pouco atrativos durante a safra desmotivaram os produtores, o que pode ter levado a menores cuidados e investimentos.
Como reflexo dessa baixa produção, as cotações da fruta vêm apresentando valorização no mercado. Dados do Cepea mostram que, entre 13 e 16 de janeiro de 2025, o preço médio da Tahiti no mercado in natura foi de R$ 25,23 por caixa de 27,2 kg, um aumento de 6% em relação à semana anterior e de expressivos 87% em comparação ao mesmo período de 2024. Para a fruta destinada à indústria, os aumentos são ainda mais significativos, com alta de 40% na comparação semanal e 112% no comparativo anual.
