A Lei verde ou o chamado Pacto Ambiental da União Europeia avançou na última semana. De acordo com o novo projeto, a União Europeia não vai aceitar nenhum produto agrícola que venha de área de desmatamento. E nem mesmo produtos que tenham sido produzidos em áreas de conversão, depois de dezembro de 2019. Vale destacarmos que as áreas de conversão, são aquelas que eram somente de vegetação e foram convertidas em lavouras.
Os exportadores terão que separar os produtos destinados para países da União. Eles necessitarão também de coordenadas geográficas dessas produções, já que a origem dos produtos precisará ser comprovada. A nova lei que necessita tramitar em todos os países, condena o desmatamento legal e ilegal. Porque mesmo se o produtor estiver dentro da Lei brasileira, a Europa não comprará esses produtos, com qualquer resquício de desmatamento.
Como fica o agro?
A novidade do parlamento europeu, deve encarecer a comida para os consumidores europeus. Já no Brasil, nossa agropecuária enfrentará algumas dificuldades para se regularizar e atender essa exigência, dentro delas podemos elencar algumas:
-Adequação na rastreabilidade de origem e logística
-Monitoramento dessa política em outros países, que podem replicar o modelo vindo da Europa.
Na pecuária os produtores também enfrentarão algumas dificuldades. Isso porque o custo do fluxo de rastreabilidade, pode impactar para o produtor que produz para a Europa. O Brasil tem atualmente 420 fazendas habilitadas para produzir para o mercado europeu, e a dificuldade em realizar a rastreabilidade, é para os pequenos produtores de bezerros.
Atualmente o Brasil tem 66% do território nacional, formado por florestas e simultaneamente também, o nosso agronegócio é um dos principais fornecedores de alimento mundialmente. Vale destacarmos que o Brasil possui um dos mais altos percentuais de biodiversidade mundial. Existe uma expectativa que com a aprovação da Lei Verde, o parlamento europeu dê um prazo de transição para os países até que a medida entre vigor.
