O consumo de ovos deve ter aumento de 30% a 35%, em relação ao período da quaresma de 2022, segundo estimativa da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Produtores estão preparados e descartam risco de desabastecimento.
No período da quaresma (quarenta dias antes da páscoa), segundo a tradição católica, muitas pessoas fazem o jejum de carnes vermelhas e é daí que vem a procura por outras fontes de proteína. Aliado a isso, mesmo com a freada nos preços das carnes, o consumo de ovos continua sendo a opção mais em conta para a mesa dos brasileiros.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o ovo já teve um aumento expressivo em 2022 – quando subiu 18,45% – a maior alta em sete anos. As estimativas mostram que esta será uma realidade neste ano. Entretanto, mesmo com um aumento acentuado e progressivo, a ABRAS informou em nota, que em relação às outras fontes de proteína o ovo deve ser o escolhido e ter um aumento no consumo de 30% a 35%, e que este aumento não está afetando a procura.
Ainda segundo a ABRAS, a justificativa para o aumento no preço dos ovos, a ração das galinhas é o principal motivo dos preços que estão sendo praticados, isso devido a alta do milho e do farelo de soja, que compõe a alimentação e representa 70% do custo de produção. Outros produtos da cesta básica, segundo o levantamento, devem sofrer alta nos preços devido a base de ingredientes ser o ovo. Mesmo com todo esse cenário, a entidade do setor afirma que não haverá desabastecimento.
