A chuva de granizo que atingiu o Sul de Minas na semana passada, prejudicou muitas lavouras de Citros. Aliás, a cultura foi a segunda com maior área atingida pelo granizo.
A citricultura teve uma área de 2,4 mil hectares atingida, deixando 135 produtores mineiros preocupados. Entre as cidades atingidas estão pomares de Campanha, Paraguaçu e Três Corações. Houve também perdas registradas no município de Tocantins, na Zona da Mata.
O Engenheiro Agrônomo Othon Carvalho, que também é produtor rural, teve suas lavouras de café e laranja atingidas pelo granizo. Ele destaca a necessidade de atenção para com o fungo da Alternaria nas lavouras de citros. “Esse fungo, ele começa a se apropriar dessas feridas causadas pelo granizo. Por isso, temos que fazer a utilização de fungicidas de contato sistêmico, e muita atenção também com os inseticidas sistêmicos e de contato. Claro que isso é uma constante na citricultura, principalmente aqui na nossa região, onde há incidência do Greening”, pontua.
O engenheiro ainda comenta que as novas feridas na planta, podem fazer com que surjam novas brotações. “Isso é muito importante destacarmos, porque aumenta a ocorrência do Psilídeo que se apropria dessas condições de brotações novas para se proliferar ainda mais”. A grande preocupação em torno do psilídeo, é que ele é o vetor da bactéria do Greening, doença que tanto prejudica os citricultores.
Nesse momento, Othon ressalta a importância de muito investimento nos estímulos florais e na nutrição da plantas, que podem salvar a produtividade dessas lavouras.
“Precisamos estar atentos também aos estímulos florais a essas lavouras de Citros, no sentido de lançar novas florações. Isso porque com o granizo, houve a queda de muitos frutos e também para a entrada de patógenos nos próprios frutos”, conclui.
