As exportações do agronegócio mineiro totalizaram US$ 7 bilhões no acumulado de janeiro a junho deste ano, com 7,6 milhões de toneladas embarcadas para 166 países.
Os dados representam queda de 9% na receita e alta de 11% no volume em comparação ao primeiro semestre de 2022. As vendas externas do agro foram responsáveis por 36% do total exportado por Minas no período.
A redução no faturamento do comércio exterior do agro em Minas é justificada, especialmente, pela desvalorização do café no mercado internacional, sendo esse o principal produto da pauta exportadora estadual no setor agropecuário. Além da redução no preço da commodity, o volume comercializado também foi 22% inferior aos seis primeiros meses do ano passado.
Isolado, o mês de junho de 2023 atingiu o valor de US$ 1,2 bilhão, com 1,4 milhão de toneladas enviadas para fora do país. Comparando esses números com o mesmo intervalo do ano anterior, houve retração de 16% em valor e aumento de 5% na quantidade exportada.
Expectativa
Para o subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Caio César Coimbra, a perspectiva para os próximos meses é de recuperação. “Com a colheita do café chegando ao fim em agosto, a expectativa é de aumento nos embarques do produto no segundo semestre. Como ele é o carro-chefe da balança comercial da agropecuária mineira, isso refletirá em resultados positivos para a economia do estado”, analisa.
A projeção é de que 27,8 milhões de sacas de café sejam produzidas na safra 2023. O número é 27% superior ao obtido no último ano, quando os produtores sofreram perdas nas lavouras devido às dificuldades climáticas.
Nos seis primeiros meses de 2023, 642 diferentes produtos agropecuários de Minas Gerais foram comercializados internacionalmente, com preço médio de US$ 920,36 por tonelada. O principal destino dos embarques foi a China (36%), seguida pelos EUA (8%), Alemanha (6%), Itália (4%) e pelo Japão (4%).
