A colheita da safrinha segue adiantada no Mato Grosso. Mas em alguns estados, como o Paraná por exemplo, quase nada ainda foi colhido. O especialista em grãos Vlamir Brandallize destaca que o mercado neste momento está com os olhos voltados para o volume recorde que o Brasil deverá ter com a safrinha este ano. A Conab divulgou recentemente nova estimativa da safrinha em 88 milhões de toneladas.
“O que o mercado tá olhando é que vem ai uma grande safrinha. A própria Conab divulgou nova estimativa e se confirmar isso vai ser recorde histórico de colheita. Ano passado a produção foi pouco mais de 60 milhões. Com isso teremos uma boa oferta de milho para o mercado interno, que tem uma demanda de 40 milhões de toneladas de julho a dezembro no segundo semestre”, explica.
E a grande oferta brasileira de milho abre excedente para exportação este ano. Vlamir pontua que como grande parte desse milho ainda não está negociado, o produtor fica no aguardo para se posicionar.
“Essa situação dá uma oportunidade grande para o pessoal da indústria, o pessoal da ração, suínos, frangos, ovos, que no ano passado sofreram com milho escasso e pouca oferta”.
No ano passado o Brasil precisou importar milho e pagou caro. Vale lembrarmos que a saca chegou a mais de R$110, para essa indústria. Já para este ano o setor deverá ter milho entre R$90 e R$100 a saca para as indústrias de ração. “Teremos um valor menor que no ano passado, mas mesmo assim valores bons para os produtores”.
Colheita brasileira
No momento, a colheita da safrinha segue sendo efetivada em muitas regiões produtoras, como, Mato Grosso com 15%. Mas, a expectativa é que o volume principal chegue em julho, que é o período de pico da colheita.
No Paraná, maior produtor de milho do Brasil, a colheita ainda não começou. O estado enfrentou dificuldades com a Cigarrinha que causa grande perda de produtividade. “Tivemos também o inverno que chegou forte e cedo este ano, o que acaba limitando um pouco”.
