Arroba do boi gordo se mantém firme sem expectativa de queda no Brasil

por | jun 13, 2022

Boi

A baixa de preços de semanas anteriores e o mercado pressionado não serão mais vistos na segunda quinzena de junho. Nas principais praças de comercialização como São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás já é possível encontrar preços mais elevados no mercado.  De acordo com o analista de Safras e Mercados, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos saem da zona de conforto que se encontravam e partem para um momento de maior dificuldade nas escalas de abate.

” Já estamos trabalhando num cenário de transição da safra para entressafra do boi gordo. O volume de animais no pasto já não é tão expressivo e existe uma maior dependência na oferta de confinados para o frigorífico conseguir montar a programação das escalas de abate”.

Para os meses de setembro, outubro e novembro a expectativa é de preços mais elevados com bom volume de animais ofertados já que a  China, maior importador de carnes brasileira, mantém um bom ritmo na compra dos produtos.

 Aves

O mercado de carne de frango segue positivo com as exportações do produto. o analista destaca que o setor tem conseguido adequar a oferta em relação ao potencial de consumo, em relação a estrutura de custos evidenciado ao longo do ano. O que se destaca sendo muito importante para o setor.

Os registros de influenza aviária que afeta os Estados Unidos, Europa e Ásia favorecem as exportações em 2022, o que para o especialista é o momento do Brasil aproveitar a oportunidade e exportar o produto. “O país deve superar 4,7 milhões de toneladas de carne de frango exportadas em 2022. Vai manter com alguma folga a liderança global de embarques desta proteína. Outro fator favorável são as vendas do produto distribuídas para mais de 100 países. Além das receitas obtidas que mostrar sem bem positiva mensalmente.

Suínos

A crise da suinocultura brasileira predomina e segue até 2023. Diferente das aves, o ciclo mais alongado dos suínos faz com que os ajustes produtivos e os ajustes de oferta sejam mais demorados a aparecer no mercado. Mesmo com a safrinha andando dentro do esperado o cenário segue difícil para o setor de suínos. E outro fator que contribui são as exportações que também passam por crises, diferente de anos anteriores, além do consumo interno não ser habitual para os brasileiros. “ O consumidor brasileiro não é um consumidor tradicional de carne de porco, não está no dia a dia. As opções giram em torno da carne bovina e do frango. É um ambiente muito difícil e vamos ver melhora apenas em 2023.”