A chamada Lei Verde ou Agenda Verde que transita na União Europeia impacta diretamente na pecuária brasileira. O analista de Safras e Mercado, Fernando Iglesias, aponta que a questão é importante, observando o mercado europeu.
“A Europa é bastante exigente com essas questões ambientais, exige uma rastreabilidade dos animais, da procedência da carne, que ela não venha de regiões de desmatamentos e os frigoríficos brasileiros e os pecuaristas brasileiros estão aderindo cada vez mais a uma pecuária mais sustentável”.
Um dos destaques atualmente da pecuária, segundo Fernando, é o programa brasileiro que estima fim dos abates que venham de áreas desmatamento até 2030. Ele pontua que a pecuária de corte no Brasil já é sustentável e a chegada da Lei Verde pode ser vista com bons olhos, do ponto de vista da possibilidade de novos mercados para a pecuária brasileira.
“O Brasil já tem condições de atender os mercados mais exigentes ao redor do mundo e isso vai seguir, vai ser uma premissa muito importante no decorrer dessa década”.
Outro fator interessante que pecuária brasileira vem trabalhando e que deve impactar positivamente no mercado futuro, é o status de livre da Febre Aftosa.
“O Brasil trabalha por esse status que vai permitir ganhos substâncias em termos desses mercados. Pela dimensão da fronteira brasileira, isso vai demandar um trabalho de fiscalização muito amplo e rigoroso, para ai sim, a gente ter esse status livre da aftosa sem vacinação”.
Para Fernando, a possibilidade de novos mercados é uma realidade importante e que corresponde ao principal impacto da Lei Verde para pecuária brasileira.
“Vai permitir que o Brasil entre em mercados importantes como a Coréia do Sul, o Japão, e isso é uma perspectiva importante para o nosso mercado nas próximas décadas”, ressalta.
