Janeiro foi marcado por chuvas e fevereiro deve ser de altas temperaturas

por | jan 27, 2025

O primeiro mês de 2025 trouxe condições climáticas dentro do esperado para grande parte do Brasil, segundo a agrometeorologista da Rural Clima,  Bruna Peron. As temperaturas e os volumes de chuva seguiram tendências regionais preestabelecidas, com impactos variados para diferentes setores da agricultura.

“Para grande parte do Brasil, as temperaturas estiveram dentro do esperado, especialmente nas regiões centrais como parte do Sudeste, Centro-Oeste, MATOPIBA e região Norte, que apresentaram temperaturas ligeiramente abaixo da média”, explicou Bruna. Esse comportamento foi influenciado por um mês de janeiro muito chuvoso, caracterizado por diversos dias de céu nublado.

Entretanto, o centro-sul do país viveu uma realidade diferente. “As regiões do sul do Mato Grosso do Sul, oeste de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul registraram temperaturas mais elevadas, resultado da combinação de tempo seco, céu claro e calor”, afirmou. Essa condição foi intensificada pela forte estiagem que atingiu essas áreas na primeira quinzena do mês.

O volume de chuvas também foi significativo em regiões específicas. “As chuvas foram abrangentes e regulares sobre todo o MATOPIBA ao longo de janeiro, com acumulados que ultrapassaram 300mm em muitas localidades”, destacou a meteorologista, reforçando a importância dessas precipitações para a safra em curso.

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Fevereiro: tendências de temperatura e chuva

Para fevereiro, Bruna Peron alerta que as temperaturas continuarão elevadas, especialmente nos intervalos entre as chuvas. “A região central terá um período de uma semana a 10 dias com menos chuvas, o que favorecerá o aumento das temperaturas”. O centro-sul enfrentará condições similares, com temperaturas subindo rapidamente em períodos secos.

No que diz respeito às atividades agrícolas, as perspectivas variam. Para o Centro-Oeste, a primeira quinzena de fevereiro deve ser favorável para a colheita da soja e o plantio do milho. “Haverá períodos de chuvas mais irregulares, proporcionando janelas de trabalho, mas essas janelas não serão prolongadas”, ressaltou.

No Sul, espera-se uma melhora nas chuvas em comparação a janeiro, embora os volumes ainda não sejam suficientes para atingir a média mensal. “Os intervalos entre uma chuva e outra vão beneficiar tanto a colheita quanto o plantio do milho safrinha”, concluiu a especialista.